terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aprender a ser FELIZ!!!

Sabia que 40% da sua felicidade é influenciada por si?


Sonja Lyubomirsky, professora da Universidade da Califórnia, tem-se dedicado ao estudo deste tema e concluiu que a felicidade é influenciada por processos motivacionais e cognitivos, que as pessoas utilizam de forma distinta. 


A autora descobriu ainda que a felicidade é influenciada pelas experiências de vida. É como se cada pessoa tivesse um “banco emocional”, no qual guarda as suas experiências ao longo do tempo, tal como faz com o banco onde deposita o seu dinheiro. Assim, as pessoas mais felizes tendem a valorizar e guardar mais as memórias positivas da vida, enquanto as pessoas mais infelizes centram-se apenas em experiências e pensamentos negativos de forma cíclica, tornando-se incapazes de ver os aspectos positivos da vida.


Sonja Lyubomirsky chegou assim à conclusão de que, pelo menos, 50% da felicidade é geneticamente determinada e cerca de 10% é influência da experiência passada. Com isto, restam 40% da felicidade que dependem única e exclusivamente de cada um de nós!
Já pensou o que o(a) faz feliz? Quanto optimismo orienta a sua vida?

Em 2010 foi desenvolvido um estudo* para caracterizar a felicidade na população portuguesa, concluindo-se que 56% dos portugueses refere que está “nem muito nem pouco feliz”. De um modo geral, os portugueses referiram que têm pouca energia para cumprirem as tarefas diárias e dificuldade em aproveitarem as pequenas coisas do dia-a-dia, apegando-se mais aos momentos maus da vida. 

Outro dado significativo (que me parece ganhar ainda mais peso nos tempos actuais), é que 80-90% dos portugueses referiu preocupações com questões económicas, que acentuam a instabilidade aos níveis pessoal, familiar, profissional e social. 




Embora se verifique na prática que existe dificuldade em reconhecermos e assumirmos a nossa felicidade, este estudo veio revelar resultados motivadores. Os portugueses têm uma grande capacidade de valorizar a utilidade e o valor das suas vidas, a satisfação consigo mesmos e a ligação com as pessoas que lhes são importantes. Mais ainda, os portugueses consideraram que a sua vida está cheia de experiências e desafios que os fazem crescer e que têm a capacidade de resolver a maior parte dos seus problemas diários.


Contudo, parece que existe ainda uma dificuldade significativa em valorizarmos o nosso potencial individual, os recursos e oportunidades da nossa vida e, principalmente, de vivermos as dificuldades de forma mais consciente, de modo a retirarmos dessas experiências oportunidades de aprendizagem, mudança e crescimento.


Tal como dizia Millor Fernandes (artista brasileiro: desenhador, humorista, dramaturgo, escritor e jornalista) parece que “a alma enruga antes da pele” e nos “esquecemos de avisar à cara que estamos contentes”. Por isso, em parte (lembre-se dos 40%), cabe-nos a nós prevenir este envelhecimento interior e despertarmo-nos para o que nos entusiasma à nossa volta, mesmo nos momentos mais aborrecidos e difíceis.


Ora repare: 




Já reparou como existem coisas tão simples no nosso dia-a-dia capazes de nos arrancar sorrisos? Às vezes “só” nos falta olhar à nossa volta!


Os autores da Psicologia Positiva consideram que para cada acontecimento negativo, devemos encontrar 3 experiências positivas para equilibrar a nossa satisfação. Assim, vou convidar-vos a entrarem num desafio. 


Vem ou fica por aqui?



Vou pedir-lhe que durante uma semana, todos os dias antes de se deitar, escreva num caderno as 3 coisas positivas do seu dia. Ao final de uma semana, reserve alguns minutos para reler a lista que escreveu e reflectir sobre o impacto que este exercício teve para si, partilhando-o aqui connosco.


Esperamos com expectativa pela sua experiência...

 Ana Correia 
Psicóloga da Clínica FisioFalantes